"Nell'amore non c'e timore" ("Não há medo no amor") 1Jo 4, 18
- Vítor Miguel Rocha
- 10 de set.
- 2 min de leitura
Com estas palavras estampadas no peito, centenas de pessoas da comunidade LGBT peregrinaram à Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, no passado dia 06 de setembro. Sem medo, porque amam, percorreram as ruas de Roma em busca de uma Esperança que é celebrada com júbilo neste Ano Santo.
¹⁸ No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.
¹⁹ Nós amamos porque ele nos amou primeiro.
²⁰ Se alguém afirmar: "Eu amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
²¹ Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão.
1 João 4, 18-21
Noticiada em todo o mundo, a Peregrinação de pessoas LGBT à Porta Santa em Roma, no dia 06 de setembro, não pôde passar sem a devida atenção nem pode ser considerada apenas mais uma das milhares de peregrinações que ocorrem ao longo deste ano. São milhões de peregrinos, entre crianças, jovens, casais, religiosos e religiosas, reclusos, mendigos, doentes e membros de organizações e movimentos religiosos, que atravessaram a Porta Santa, em festa no Jubileu da Esperança por ocasião do Ano Santo de 2025. Mas estes pouco mais de mil trouxeram mais esperança do que se possa pensar à primeira vista.
As notícias e os pormenores da Peregrinação Das Pessoas LGBT poderão ser consultadas nestes sites:
Agora gostaria de propor uma reflexão: o que pensar sobre esta peregrinação?
Está certo? É oportuno fazer-se uma peregrinação organizada por este tema? Que sinal para a Igreja e para a sociedade? Como foi e deve ser a integração das pessoas LGBT na sociedade e na Igreja?
Sem ter respostas conclusivas para nenhuma destas questões, penso que um dos pontos que alimenta as discussões em torno do tema LGBT é a definição de "Amor".
Por vezes parece que algumas pessoas se consideram proprietárias do "amor", definindo-o como uma realidade exclusiva de um determinado contexto e impossível de ser vivido noutras realidades.
Dizem, em especial, que o "amor autêntico" manifesta-se apenas na relação esponsal homem-mulher ou pais-filhos ou, no máximo, entre irmãos e que outras formas de amor apenas são aproximações, na melhor das hipóteses. Mas será assim?
Quem é que pode dizer o que é "amar"?
Quem pode viver o "amor autêntico"?





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